quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Outro dia...

Outro dia, mais uma vez, o que esperei foi você voltar. Não foi a moça da livraria dizendo que o meu livro chegou. Não foi o rapaz no interfone dizendo que, finalmente, veio consertar a pia. Não foi a fatura do cartão de crédito para saber se consegui economizar. Não foi nada disso, nem daquilo. Nem do que quer que seja. Não escrevi mais nada desde aquele dia, porque quando você me falta as palavras também me faltam e a vontade, ah… É só da sua volta. Eu me gasto esperando que você olhe um pouquinho para o lado, que me perceba, que nos perceba. E que olhe com toda atenção para essa expectativa que dia após dia embrulha o meu estômago. Se a gente não se olha, como vai se reparar? Eu quero que você repare nos meus vazios, nos meus hiatos, nos meus brancos. Nas coisas suas que ficam cada vez que a porta se fecha. E outra vez eu pensei que nós íamos bem, que, enfim, nós íamos, e eu nem me importava com o destino, desde que não fosse assim tão distante. Se eu contar que te espero, você volta mais rápido? Se eu contar que dói, você cura?

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