quinta-feira, 5 de junho de 2014

“Você não precisa saber que eu choro porque me sinto pequena num mundo gigante. Nem que eu faço coisas estúpidas quando estou carente. Você nunca vai saber da minha mania de me expor em palavras, que eu escrevo o tempo todo, em qualquer lugar. Muito menos que eu estou escrevendo sobre você neste exato momento. E não pense que é falta de consideração eu dividir tanto de mim com tanta gente e excluir você dessa minha segunda vida, porque há duas maneiras de saber o que eu não digo sobre mim: lendo nas entrelinhas dos meus textos e olhando nos meus olhos. E a segunda opção ninguém mais tem.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Eu hoje tive um pesadelo...

“Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo. Eu acordei com medo, e procurei no escuro alguém com o seu carinho, e lembrei de um tempo. Porque o passado, me traz uma lembrança do tempo que eu era criança. E o medo era motivo de choro, desculpa pra um abraço ou um consolo. Hoje eu acordei com medo mas não chorei, nem reclamei abrigo. Do escuro, eu via o infinito, sem presente, passado ou futuro. Senti um abraço forte, já não era medo, era uma coisa sua que ficou em mim. De repente, a gente vê que perdeu, ou está perdendo alguma coisa. Morna e ingênua que vai ficando no caminho que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado, pela beleza do que aconteceu há minutos atrás.”

Reticências ...

Ah! Estes três pontinhos querendo significar um mar...
Um mar de probabilidades.
Um mar de possibilidades.
Um tanto a mais para se dizer.
Um tanto a mais para se viver.
Uma esperança no final da frase!

Trouxe-me a cura


Não, eu não sou uma mulher bonita, não sou a mais simpática e bem humorada. Jurava que não prenderia teu olhar, mas ao contrário: fui presa. Surpreendeu-me na insignificância do momento, coloriu-me numa moldura de delicadezas, deu-me as mãos dentro da minha escuridão. Convidou-me para fora, beijou-me delicadamente cada cicatriz. Não me perguntou sobre as feridas: trouxe-me a cura.