sábado, 25 de junho de 2016

Jack Lemonade

Uma bebida nem sempre te ajuda a esquecer os problemas temporariamente, às vezes ela é o começo de pensamentos soltos, confusos e ilusórios.

Um drink é capaz de te fazer conhecer a pessoa daquela busca incessante que suas pernas já não respondiam a tua vontade de correr atrás! Talvez possamos começar uma campanha pra a proibição de drinks com nomes de pessoas que em poucos segundos percorre sua memória e te faça ter pensamentos instigantes, sou prova disso é te digo mais, vou liderar essa manifestação!

Teve nome, data, horário, aroma, sabor, álcool, e uma resposta rápida que nem se quer esperava me tirou a concentração e até perdi o paladar, pois já não era o drink que eu desejava naquele momento. Por já ter ingerido alguns bebidas deveria ter me calado? Ter bloqueado minhas palavras e deixar tudo aquilo como um momento passageiro? Não, deixei o álcool falar por mim, essa será a desculpa que usarei pra definir aquela situação, negarei que foi desejo, negarei eternamente.

Demos vida a algo que nunca conseguiremos explicar, não existia voz, não existia contato, mas existia palavra! E você sabe qual a intensidade da palavra? É algo que me marca como suas tatuagens, é o que me faz voar com os pés no chão, é o que alimenta a alma de um escritor, é traduzir a sua essência de olhos vendados! Sei que nesse ponto da leitura você não deve estar entendendo nada, também estou perdida entre essas linhas divididas em primeira e terceira pessoa, não consigo identificar se escrevo pra você ou se falo de ti, mas isso tudo resume em um livrinho de colorir!

Hora de colocar as canetinhas para escanteio, de não ter mais a oportunidade de dividir sua atenção com o vídeo game e esquecer a musica que seria tocada e cantada pra mim e que dizia ser fácil. Sou uma grande alimentadora de esperanças e criadora de expectativas e com você não foi diferente, foi tão incrível e passageiro, e totalmente sem explicação. Respeitei seu momento, suas vontades e desejos, fui questionada por ser diferente da outras pessoas e aquilo me fazia sentir “ser a pessoa especial”, teve uma suposta desistência que logo foi perdida com as minhas palavras, teve uma entrega possível e um suposto começo, mas tudo se perdeu como eu não sei e acredito que nunca saberei, afinal não costumo afastar as pessoas que me fazem bem.

Onde você perdeu aquela necessidade que nos carregou por esses dias?

Onde você me esqueceu naquelas linhas tão dolorosas que foi nossas ultimas conversas?

Escrever sobre você talvez alivie a minha busca por resposta e por não entender seus motivos, foi uma terceira tentativa de duas não correspondidas, foi a prova de que estar sóbrio evita paixões. Preciso parar de beber.

Eu te quis, nós não tentamos e  você desistiu!

(...)
Fim da conversa no bate-papo.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Quero te colorir

Busco entendimento na necessidade que tenho em você nos últimos dias, tão recente mas tão forte, talvez o principio de algo que almejo e que assim seja! Uma intensidade de me perder em suas cores e fazer de minhas digitais marcas importante do seu corpo, quero compor em cores quentes o que me faz ter dias frios e te colorir sorrisos. Quero ser tatuagem nos dias que estão por vir, canetinhas coloridas para o seu corpo marcado,  e que seja minha calma e minha terapia!, A- COR-DAR em seu braços para tudo ficar azul...  como dizem por aí: "A vida tem a cor que a gente pinta" e a minha tem as cores mais bonitas: a SUA!  Colorir-te com cores e sabores, causando inveja ao arco íris...

Ora, tristeza...


Ora, tristeza, tente ao menos ser mais leve. Quero de volta meus discos de dance music, que você tirou da prateleira. E minhas roupas estampadas, que sumiram do meu armário depois que você se instalou aqui. Por favor, não tente entrar em contato comigo com as velhas razões de sempre. Não é a fria lógica dos seus argumentos que irá guiar meu coração daqui por diante. Quero ver a vida por outros olhos, que não os seus. Quero beber por outros motivos, que não afogar você dentro de mim. Cansei da sua falta de senso de humor, do seu excesso de zelo. Vá resolver suas carências em outro endereço.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

“Você não precisa saber que eu choro porque me sinto pequena num mundo gigante. Nem que eu faço coisas estúpidas quando estou carente. Você nunca vai saber da minha mania de me expor em palavras, que eu escrevo o tempo todo, em qualquer lugar. Muito menos que eu estou escrevendo sobre você neste exato momento. E não pense que é falta de consideração eu dividir tanto de mim com tanta gente e excluir você dessa minha segunda vida, porque há duas maneiras de saber o que eu não digo sobre mim: lendo nas entrelinhas dos meus textos e olhando nos meus olhos. E a segunda opção ninguém mais tem.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Eu hoje tive um pesadelo...

“Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo. Eu acordei com medo, e procurei no escuro alguém com o seu carinho, e lembrei de um tempo. Porque o passado, me traz uma lembrança do tempo que eu era criança. E o medo era motivo de choro, desculpa pra um abraço ou um consolo. Hoje eu acordei com medo mas não chorei, nem reclamei abrigo. Do escuro, eu via o infinito, sem presente, passado ou futuro. Senti um abraço forte, já não era medo, era uma coisa sua que ficou em mim. De repente, a gente vê que perdeu, ou está perdendo alguma coisa. Morna e ingênua que vai ficando no caminho que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado, pela beleza do que aconteceu há minutos atrás.”

Reticências ...

Ah! Estes três pontinhos querendo significar um mar...
Um mar de probabilidades.
Um mar de possibilidades.
Um tanto a mais para se dizer.
Um tanto a mais para se viver.
Uma esperança no final da frase!

Trouxe-me a cura


Não, eu não sou uma mulher bonita, não sou a mais simpática e bem humorada. Jurava que não prenderia teu olhar, mas ao contrário: fui presa. Surpreendeu-me na insignificância do momento, coloriu-me numa moldura de delicadezas, deu-me as mãos dentro da minha escuridão. Convidou-me para fora, beijou-me delicadamente cada cicatriz. Não me perguntou sobre as feridas: trouxe-me a cura.